Cabernet sauvignon - Regiões vinícolas - Itália (2)
O uso de Cabernet Sauvignon na Toscana tem sido objeto de debate devido ao seu envolvimento no surgimento dos Super Tuscans durante a década de 1970. Na criação dos Supertoscanos, influenciaram as rigorosas normas que regiam a DOC Chianti até a década de 1990, que exigiam que o vinho Chianti contivesse um máximo de 70% de sangiovese e pelo menos 10% de uma variedade de uva branca local.
A adesão à regulamentação da DOC impede os viticultores toscanos de produzir vinhos de melhor qualidade, especialmente se lhes fosse permitido utilizar Cabernet Sauvignon na mistura e não fossem obrigados a usar variedades de uva branca.
Piero Antinori foi um dos pioneiros na criação de um vinho no estilo Chianti, ignorando a regulamentação da DOC, ao introduzir em 1978 o Tignanello, uma mistura de sangiovese e Cabernet Sauvignon.
Após a introdução dos Supertoscanos, outros produtores de vinho também começaram a misturar Cabernet Sauvignon com sangiovese, o que provocou um aumento nos preços que poderiam competir com os vinhos mais populares de Chianti.
Essa tendência se espalhou para outras regiões da Toscana, e algumas até produziram versões varietais da mistura. Com o tempo, o sistema DOC reconheceu a popularidade dessa variedade de uva e permitiu que mais regiões a utilizassem em seus vinhos.
O Cabernet Sauvignon toscano é conhecido por seu sabor de cereja madura que pode criar uma impressão de doçura junto com poderosas notas de groselha negra. Esses vinhos costumam ter 14% de álcool, mas mantêm um notável nível de acidez.
Se combinado com sangiovese em quantidades significativas, o Cabernet Sauvignon pode dominar a mistura, e os viticultores precisam encontrar um equilíbrio para alcançar seu estilo preferido.